Já anoitecia quando
rumámos a Brest e por isso o caminho
foi feito de noite. A cidade de Brest
está localizada na borda ocidental da Europa
continental, daí a expressão "Europa de Brest", e no centro ocidental da Bretanha, já
bem próxima da ponta mais saliente da Bretanha,
a ponta Finisterra.
Localizada numa península, a cidade de Brest foi
desenvolvida num platô a poucas
centenas de metros acima do mar e
abrigada de nortadas. É também uma
cidade envolta em fortes muralhas, que remontam à época medieval.
É um importante porto comercial, mas também o segundo porto militar francês,
depois de Tolon. Por isso é sem dúvida alguma
uma cidade que une a terra ao mar e que
possui mil e um rostos que mudam ao ritmo da chegada e partida dos enormes
barcos de mercadorias, da marinha francesa e outros, da chegada e partida das
estações do ano e ainda das próprias marés.
Mas como Brest se encontra na Bretanha, que é sobretudo um lugar de
chuva, intermediada de sol, com um céu sempre carregado de tonalidades que
expressam essa ambiguidade. Brest é
claramente a expressão mais agreste dessa ambiguidade. Como agreste é a cidade
e o seu imenso, cinzento, ferrugento e estivado porto comercial.
A fundação de Brest deve-se a um assentamento que se concretizou num acampamento fortificado romano chamado “Gesocribate” no final do terceiro século. Na Idade Média, a cidade de Brest formava
uma paróquia que venerava sete santos, para honrar
a memória de sete crianças
abandonadas nas proximidades de Brest e a sua história esteve relacionada com o seu Castelo.
Mais tarde, em 1593, Henrique IV dá o título de cidade a Brest e em 1631, o Cardeal Richelieu tomou o seu
porto, fazendo dele um dos primeiros portos defensivos da nação. Brest a
partir daí cresceu em torno de seu arsenal, até à segunda metade do séc. XX. O seu arsenal bélico foi utilizado durante vários séculos, e o seu porto serviu
como a principal base da marinha francesa na costa atlântica.
A cidade foi profundamente marcada por bombardeamentos durante a Segunda
Guerra Mundial, e o seu centro foi totalmente reconstruído após a guerra.
No final do século XX e no início do séc. XXI, Brest foi desindustrializada e hoje é uma grande cidade universitária,
com muitas e prestigiadas escolas. Brest por isso mesmo é hoje um
importante centro de pesquisa, voltada principalmente para o mar, possuindo o
maior Instituto Francês de Investigação
para a Exploração do Mar, le
Cedre (Centro de Pesquisa, Documentação e Experimentação em poluição
acidental da água) e o Polar Institute.
Quando chegámos a Brest era já
tarde e fomos conhecer a cidade que já tinha muito pouco movimento. Como dentro
da cidade não havia qualquer lugar destinado a pernoita para autocaravanistas,
fomos encontra-lo fora da cidade amuralhada, num lugar sossegado situado a sul
da cidade, em frente do "Oceanopolis", o aquário de Brest.
Fonte: http://en.wikipedia.org/
http://pt.franceguide.com/ http://blog.vadrouille-covoiturage.com/
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