O medo e suas relações com a violência e a sociedade


Guernica de Pablo Picasso

Não temos, nos nossos registros sociais, atualmente, meios de dissipar e lidar adequadamente com os nossos medos. Quais medos? Todos e quaisquer que se apresentem ao nosso inconsciente ou ao nosso consciente.

No passado, a cultura encarregava-se de nos dar meios suficientes de suportar os medos de todo tipo. Hoje, os nossos medos não têm mais suporte, são medos impossíveis de correção, como o medo do corpo deformado - feio, gordo, magro, impossível de ser aceite - como o medo do futuro, que nos faz querer morrer no presente, como o medo do insucesso, etc.

O medo irremediável gera a impotência que nos oferece dois caminhos: a depressão ou a violência - auto ou heterodirigida. Somente um cuidador afetivo e presente pode dar conta disso.

Ivan Capelatto é psicoterapeuta, psicólogo clínico e professor do curso de pós-graduação em pediatria da Faculdade de Medicina da PUC - Paraná. Autor da obra Diálogos sobre Afetividade - o nosso lugar de Cuidar (2001).



Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=myqFpFetUH4

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