Após a visita à Cathédrale Saint-Maurice, caminha-se para o núcleo medieval da cidade de Angers, que se estende do lado sul da Catedral até às muralhas do Castelo.
Lá
de cima e para norte, avista-se o antigo Quai
Ligny, um antigo porto, hoje desativado e do outro lado do rio, na margem
direita de La Maine, o porto fluvial
de Angers.
O núcleo medieval está
situado também na zona mais alta do Montée
Saint Maurice e é um saltinho da Catedral até ao que resta da velha
cidadela.
Hoje
nele, podem ver-se antigas casas em estilo enxaimel, uma técnica de construção que
consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em
posições horizontais, verticais ou inclinadas, cujos espaços são preenchidos
geralmente por pedras ou tijolos. Estas belas casas e outras mais antigas, construídas
em pedra podem ser encontradas num autêntico labirinto de ruas e becos que nos
levam a uma permanente descoberta do passado da cidadela.
A
parte mais alta deste pedaço de Angers
gravita à volta da antiga L’Abbatiale Toussaint (Abadia dos Santos), do séc. XIII, construída pela Ordem de Santo
Agostinho e restaurada
em 1984. A igreja da antiga Abadia
que esteve em ruínas durante muitos anos, está hoje com o teto coberto com um
telhado em vidro de ousada arquitetura contemporânea e acolhe a obra de um escultor
de Angers, Pierre-Jean David, do séc. XIX, mais conhecido por David
d'Angers (1788-1856).
Nos edifícios da antiga
Abadia ainda estão sediadas duas comunidades religiosas, de frades e freiras,
designadas por: Frères Communauté
Saint-Maurice e Communauté Filles
Charité du Sacré Coeur.
Do
outro lado do rio estende-se o bairro La
Doutre, que também faz parte da zona antiga da cidade. O seu nome refere-se
à sua posição geográfica, uma vez que este bairro está localizado na margem direita
do rio Maine. No séc. XIX, era a
morada de uma grande parte da burguesia da cidade.
Fecha-se
a visita a Angers e parte-se a
caminho Saumur, percorrendo a
estrada sempre pela margem e com o rio Loire
à vista, fazendo a programada incursão no mundo dos Trogloditas. A prodigalidade da Natureza no Vale do Loire permite facilmente
compreender que nestas paragens, ser troglodita terá sido muito mais uma opção
do que uma condição.
A
estrada segue sempre paralela à corrente do rio Loire. Neste caminho aninhado entre as margens do Loire, a vegetação é de um verde
estonteante e para-se várias vezes, não só porque a paisagem obriga a uma
melhor contemplação, mas também porque as casas trogloditas nos apareciam
inesperadamente no caminho, aguçando cada vez mais a nossa curiosidade.
Muitas destas cavernas, serviam como residência à pouco mais de 20 anos, mas hoje, em menos de uma geração, o retorno acontece, com novos membros, descendentes das mesmas famílias de trogloditas, que agora exploram turisticamente a peculiaridade destes lugares, como restaurantes e bares muito concorridos.
Muitas destas cavernas, serviam como residência à pouco mais de 20 anos, mas hoje, em menos de uma geração, o retorno acontece, com novos membros, descendentes das mesmas famílias de trogloditas, que agora exploram turisticamente a peculiaridade destes lugares, como restaurantes e bares muito concorridos.
É
num destes restaurantes que se encontram na estrada que paramos, para fazer um “lanche”
ajantarado de escargots, antes de iniciarmos a etapa até Saumur, onde já se chega ao cair da
noite.
Fonte: http://pt.wikipédia.org/ ; https.//maps.google.pt/ ; http://espacoerrante.blogsopt.pt/
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