O
cérebro humano é ponto de embarque de todas as nossas viagens cósmicas. É um
repositório de informação, como são os genes que evoluíram muito mais cedo e os
livros que despontaram muito mais tarde.
No início deste 11º episódio da série Cosmos, Carl Sagan caminha por um campo, para nos dizer que a superfície da Terra é muito mais bonita e complexa do que qualquer mundo sem vida. É precisamente a grande complexidade de vida na Terra, que se desenvolveu ao longo de 4 biliões de anos de seleção natural, que nos mostra a nossa verdadeira riqueza.
Compara depois uma rocha a um ser vivo, para nos dizer que é preciso muito mais informação para caracterizar uma coisa viva. Fala-nos então do Bit, a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida, dizendo-nos que com 20 perguntas habilmente escolhidas poderemos obter as informações desejadas e até reduzir o Cosmos a um simples dente de leão.
Em seguida, abordo da sua nave espacial intergaláctica, diz-nos que deveremos fazer as perguntas certas para conhecermos o Cosmos. Mas para desvendarmos a sua ordem básica, não serão apenas necessárias 20 perguntas, mas sim bilhões de perguntas, feitas com um propósito sério, a que se chama Ciência.
Sagan parte da noção de bit e passa para a análise da inteligência na vida marinha, em especial o caso dos cetáceos.
Leva-nos a visitar um possível mundo exótico habitado, com uma extensa superfície composta por um líquido e nele podemos procurar a inteligência dominante existente por baixo da sua superfície liquida. É ai que vemos uma enorme variedade de organismos vivos, que parecem violar a fronteira entre o reino animal e vegetal. Este é o mundo subaquático do planeta Terra, desconhecido por tantos de nós.
Depois, Carl Sagan abordo de um navio de pesquisa oceânica, leva-nos a examinar uma das outras espécies inteligentes que connosco partilham o planeta... as grandes baleias, para constatarmos que com elas temos muito em comum.
Diz-nos que as baleias durante dezenas de bilhões de anos, não tiveram predadores naturais, até que apareceu uma criatura alienígena e mortal, na plácida superfície do oceano, para as chacinar e quase as ameaçar de extinção. Essa criatura é o Homem.
Fala-nos depois das canções das baleias, para nos dizer que elas não têm órgãos manipulativos, não podendo por isso fazer grandes obras de engenharia, mas são criaturas sociais e tal como nós, passeiam, nadam, brincam, caçam, pescam, acasalam, divertem-se e fogem de predadores, e podem como nós, ter muito o que conversar.
Mas somos nós que assassinamos as baleias!... Usamos muitas vezes a palavra monstro para definir animais diferentes, ou maiores do que nós, e por isso para nós assustadores. Mas o que na realidade é um monstro? As baleias, ou os humanos que as dizimaram, levando-as quase à extinção? Andamos interessados em comunicar com inteligência extraterrestre, mas não seria melhor preocupar-nos em comunicar verdadeiramente com os seres terrestres que nos rodeiam?
Carl Sagan fala-nos depois no DNA, a molécula cuja função é armazenar e copiar informação. Na realidade o DNA é linguagem mais antiga que existe, é o idioma da vida.
Leva-nos depois por uma caminhada pelo cérebro humano para que testemunhemos a arquitetura do pensamento. Sagan penetra então na "Biblioteca Cerebral", onde estão armazenados bilhões de bits de informação.
O cérebro humano é ponto de embarque de todas as nossas viagens cósmicas, o córtex cerebral, onde a matéria é transformada em consciência. Aqui, ocupando mais de 2/3 de massa cerebral, é o reino da intuição e da análise critica. É também aqui que temos ideias e inspirações, é aqui que lemos e escrevemos, é aqui que fazemos matemática e música. O córtex regula a nossa vida consciente, ele é a distinção da nossa espécie, o local da nossa humanidade. A arte e a ciência vivem no córtex cerebral e a civilização é um seu produto.
Os lóbulos frontais são os locais onde podemos antecipar factos, onde imaginamos o futuro. Mas se podemos apercebermo-nos de um futuro desagradável, podemos também tomar medidas para o evitarmos. Nos lóbulos frontais poderão estar os meios para assegurarmos a sobrevivência humana, se tivermos sabedoria para prestar atenção.
A informação armazenada no nosso cérebro, reside nos neurónios, onde se faz o repositório de informação. O que sabemos está codificado nos neurónios, conectados entre si, formando uma grande tecelagem encantada. Cada um de nós tem no seu cérebro o mesmo número de neurónios, do que estrelas na nossa galáxia Via Láctea.
O mundo do pensamento é dividido em dois hemisférios. O hemisfério direito do córtex cerebral é o principal responsável pelos padrões de reconhecimento, intuição, sensibilidade, perceções criativas, e o hemisfério esquerdo está destinado ao pensamento racional, analítico e critico. São estes os opostos essenciais que caracterizam o pensamento humano, e à nossa volta, estão os meios para avaliar ideias, como para testar a sua validade.
A criatividade e a análise são os dois elementos essenciais, para conseguirmos entender o mundo, e a paixão pela aprendizagem é a chave para a nossa sobrevivência.
O córtex cerebral é uma liberação, que nos liberta dos padrões de comportamento das outras espécies, relativos ao território, agressão e hierarquias de dominação. Somos largamente responsáveis pelo que é colocado no nosso cérebro, e temos a liberdade de nos mudarmos a nós mesmos.
Carl Sagan faz uma analogia do cérebro com uma grande cidade, uma biblioteca e um computador.
Compara depois o cérebro humano com a cidade de Nova York, explicando-nos o seu crescimento, para nos dizer que o cérebro é muito mais conservador do que a cidade. No entanto, há medida que o conhecimento foi avançando, tivemos que começar a armazenar o conhecimento fora do nosso corpo. Nasceram assim as bibliotecas, e com elas a memória pública.
Diz-nos que escrever talvez seja a maior das invenções humanas, unindo pessoas estranhas que jamais se conheceram, quer em épocas, quer em distâncias. Os livros rompem os grilhões do tempo e são também a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica.
Carl Sagan leva-nos a uma sala de biblioteca cheia de livros antigos e mágicos, para nos contar a história da escrita, desde a escrita coniforme até ao tempo atual, unindo genes, cérebros e livros.
A própria informação evolui, alimentada pela informação aberta e pela pesquisa livre. As unidades de informação biológica são os genes, e as unidades de evolução cultural são as ideias, que são transportadas por todo o planeta, e reproduzem-se através da comunicação.
A informação nos últimos anos tem crescido drasticamente devido aos computadores e à Internet. Os computadores podem armazenar e processar uma quantidade imensa de informação de modo extremamente rápido, dando origem a uma grande revolução da informação. É o potencial para poder unir todos os cérebros da Terra, para uma consciência planetária.
No início deste 11º episódio da série Cosmos, Carl Sagan caminha por um campo, para nos dizer que a superfície da Terra é muito mais bonita e complexa do que qualquer mundo sem vida. É precisamente a grande complexidade de vida na Terra, que se desenvolveu ao longo de 4 biliões de anos de seleção natural, que nos mostra a nossa verdadeira riqueza.
Compara depois uma rocha a um ser vivo, para nos dizer que é preciso muito mais informação para caracterizar uma coisa viva. Fala-nos então do Bit, a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida, dizendo-nos que com 20 perguntas habilmente escolhidas poderemos obter as informações desejadas e até reduzir o Cosmos a um simples dente de leão.
Em seguida, abordo da sua nave espacial intergaláctica, diz-nos que deveremos fazer as perguntas certas para conhecermos o Cosmos. Mas para desvendarmos a sua ordem básica, não serão apenas necessárias 20 perguntas, mas sim bilhões de perguntas, feitas com um propósito sério, a que se chama Ciência.
Sagan parte da noção de bit e passa para a análise da inteligência na vida marinha, em especial o caso dos cetáceos.
Leva-nos a visitar um possível mundo exótico habitado, com uma extensa superfície composta por um líquido e nele podemos procurar a inteligência dominante existente por baixo da sua superfície liquida. É ai que vemos uma enorme variedade de organismos vivos, que parecem violar a fronteira entre o reino animal e vegetal. Este é o mundo subaquático do planeta Terra, desconhecido por tantos de nós.
Depois, Carl Sagan abordo de um navio de pesquisa oceânica, leva-nos a examinar uma das outras espécies inteligentes que connosco partilham o planeta... as grandes baleias, para constatarmos que com elas temos muito em comum.
Diz-nos que as baleias durante dezenas de bilhões de anos, não tiveram predadores naturais, até que apareceu uma criatura alienígena e mortal, na plácida superfície do oceano, para as chacinar e quase as ameaçar de extinção. Essa criatura é o Homem.
Fala-nos depois das canções das baleias, para nos dizer que elas não têm órgãos manipulativos, não podendo por isso fazer grandes obras de engenharia, mas são criaturas sociais e tal como nós, passeiam, nadam, brincam, caçam, pescam, acasalam, divertem-se e fogem de predadores, e podem como nós, ter muito o que conversar.
Mas somos nós que assassinamos as baleias!... Usamos muitas vezes a palavra monstro para definir animais diferentes, ou maiores do que nós, e por isso para nós assustadores. Mas o que na realidade é um monstro? As baleias, ou os humanos que as dizimaram, levando-as quase à extinção? Andamos interessados em comunicar com inteligência extraterrestre, mas não seria melhor preocupar-nos em comunicar verdadeiramente com os seres terrestres que nos rodeiam?
Carl Sagan fala-nos depois no DNA, a molécula cuja função é armazenar e copiar informação. Na realidade o DNA é linguagem mais antiga que existe, é o idioma da vida.
Leva-nos depois por uma caminhada pelo cérebro humano para que testemunhemos a arquitetura do pensamento. Sagan penetra então na "Biblioteca Cerebral", onde estão armazenados bilhões de bits de informação.
O cérebro humano é ponto de embarque de todas as nossas viagens cósmicas, o córtex cerebral, onde a matéria é transformada em consciência. Aqui, ocupando mais de 2/3 de massa cerebral, é o reino da intuição e da análise critica. É também aqui que temos ideias e inspirações, é aqui que lemos e escrevemos, é aqui que fazemos matemática e música. O córtex regula a nossa vida consciente, ele é a distinção da nossa espécie, o local da nossa humanidade. A arte e a ciência vivem no córtex cerebral e a civilização é um seu produto.
Os lóbulos frontais são os locais onde podemos antecipar factos, onde imaginamos o futuro. Mas se podemos apercebermo-nos de um futuro desagradável, podemos também tomar medidas para o evitarmos. Nos lóbulos frontais poderão estar os meios para assegurarmos a sobrevivência humana, se tivermos sabedoria para prestar atenção.
A informação armazenada no nosso cérebro, reside nos neurónios, onde se faz o repositório de informação. O que sabemos está codificado nos neurónios, conectados entre si, formando uma grande tecelagem encantada. Cada um de nós tem no seu cérebro o mesmo número de neurónios, do que estrelas na nossa galáxia Via Láctea.
O mundo do pensamento é dividido em dois hemisférios. O hemisfério direito do córtex cerebral é o principal responsável pelos padrões de reconhecimento, intuição, sensibilidade, perceções criativas, e o hemisfério esquerdo está destinado ao pensamento racional, analítico e critico. São estes os opostos essenciais que caracterizam o pensamento humano, e à nossa volta, estão os meios para avaliar ideias, como para testar a sua validade.
A criatividade e a análise são os dois elementos essenciais, para conseguirmos entender o mundo, e a paixão pela aprendizagem é a chave para a nossa sobrevivência.
O córtex cerebral é uma liberação, que nos liberta dos padrões de comportamento das outras espécies, relativos ao território, agressão e hierarquias de dominação. Somos largamente responsáveis pelo que é colocado no nosso cérebro, e temos a liberdade de nos mudarmos a nós mesmos.
Carl Sagan faz uma analogia do cérebro com uma grande cidade, uma biblioteca e um computador.
Compara depois o cérebro humano com a cidade de Nova York, explicando-nos o seu crescimento, para nos dizer que o cérebro é muito mais conservador do que a cidade. No entanto, há medida que o conhecimento foi avançando, tivemos que começar a armazenar o conhecimento fora do nosso corpo. Nasceram assim as bibliotecas, e com elas a memória pública.
Diz-nos que escrever talvez seja a maior das invenções humanas, unindo pessoas estranhas que jamais se conheceram, quer em épocas, quer em distâncias. Os livros rompem os grilhões do tempo e são também a prova de que os humanos são capazes de fazer mágica.
Carl Sagan leva-nos a uma sala de biblioteca cheia de livros antigos e mágicos, para nos contar a história da escrita, desde a escrita coniforme até ao tempo atual, unindo genes, cérebros e livros.
A própria informação evolui, alimentada pela informação aberta e pela pesquisa livre. As unidades de informação biológica são os genes, e as unidades de evolução cultural são as ideias, que são transportadas por todo o planeta, e reproduzem-se através da comunicação.
A informação nos últimos anos tem crescido drasticamente devido aos computadores e à Internet. Os computadores podem armazenar e processar uma quantidade imensa de informação de modo extremamente rápido, dando origem a uma grande revolução da informação. É o potencial para poder unir todos os cérebros da Terra, para uma consciência planetária.
Diz-nos também que um pouco da informação
existente nos nossos genes, nos nossos cérebros e nas nossas bibliotecas, foi
enviado a bordo da nave espacial interestelar Voyager, no precioso disco
dourado, apresentado como um símbolo do conhecimento acumulado pela humanidade
ao longo da sua evolução, e que é dirigido a seres de épocas futuras e até de
outros mundos…É uma mensagem na garrafa, vagando no oceano Cósmico...
A não perder!
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=1keRNllp94g
Mais informações:
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