No segundo dia em La Roque Gageac, foi dedicado à exploração da bela aldeia histórica. A partir do sopé, começamos por subir e explorar as ruas que sobem pela encosta escarpada.
As casas
da aldeia trepam desde a margem esquerda do rio Dordogne, até a 1/3 da encosta. Já no cimo da aldeia,
encontramos a singela Capela de Saint Julien, o lugar de culto das gentes de La Roque Gageac.
Estava calor em La Roque Gageac. Primeiro estranha-se
este calor quase tropical, depois entranha-se, e precisamente por isso, para
quem a visita não apetece deixá-la com facilidade.
A situação da aldeia, entre um promontório calcário
escarpado, a norte e uma colina cheia de vegetação a sul, transforma o lugar num
grande solário natural, o que tornou possível a criação de um extraordinário
"jardim exótico" na aldeia, ao lado da pequena igreja.
O jardim que se estende até metade do
penhasco, muito bem cuidado, foi criado por Gerard Dorin em
1970, e tem-se desenvolvido desde então de forma luxuriante. A grande diversidade de plantas tropicais
e subtropicais, bem como mediterrânicas, só é possível porque o penhasco por trás
da aldeia a protege dos ventos frios do norte, enquanto a visão mais aberta
para o sul, garante o aquecimento necessário à transformação climática sentida
no lugar.
Depois procura-se a subida para o Forte Troglodita. No caminho
encontra-se a mansão Le
Manoir de Tarde, que fica a meia encosta. A partir de meia
encosta a subida para o forte é feita através de escadas em madeira, que nos
levam até às suas ruinas.
A vista lá de cima é soberba. Dali têm-se a perceção real daquele lugar
místico, com o Dordogne entre
cavernas e castelos. É uma autêntica vista aérea de La Roque Gageac, da beleza do rio
Dordogne, das colinas a sul e dos telhados das casas que trepam pela
falésia.
É também dali que nos apetece indagar o porquê da vida troglodita, e pensar
na história dos povos que outrora ali se fixaram.
Durante o período galo-romano, a paz encorajou
as pessoas a criar assentamentos bastante consideráveis nas encostas
suaves, a leste da aldeia, e até mesmo construir uma
estrada romana.
No entanto, a partir do ano 850, os perigos
apresentados pelas incursões dos Vikings, em particular, levou a população a
procurar abrigo e construir fortificações no local mais seguro, entre o
precipício e rio.
A Guerra dos Cem Anos, e depois as amargas "Guerras de Religião" da França, fizeram com que La Roque Gageac resolve-se construir uma
fortaleza chave, inexpugnável e densamente povoada.
La
Roque Gageac sempre foi um importante ponto de comércio no rio Dordogne, mas com o
tempo, o tráfego do rio tornou-se
cada vez mais importante, com
um fluxo muito movimentado de transporte de cargas, feito pelos tradicionais "Gabares", à vela e de fundo chato, que percorriam o rio Dordogne, que também eram usados na pesca comercial, que continuou até o início do séc. XX.
Fonte: http://en.wikipedia.org/ http://fr.wikipedia.org/
http://espacoerrante.blogspot.pt/
http://www.northofthedordogne.com/
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