A Vida das Estrelas


“Para do nada fazermos uma tarte de maçã, necessitamos antes de inventar o Universo.”
 


O 9º episódio inicia-se com o fabrico de uma tarte de maçã, que depois de feita é apresentada a Carl Sagan que nos diz como é que os átomos e seus componentes se interligam, levando-nos à ideia da grandeza dos valores numéricos, quando se trabalha numa escala tão pequena.

Desde a época de Demócrito, no séc. V a.C., que sempre se especulou sobre a existência de átomos, mas só agora na nossa época, é que realmente somos capazes de os ver e estudar a sua constituição. Mostra-nos então um filme que mostra o pulsar aleatório dos átomos de urânio, aumentados cem milhões de vezes, dizendo-nos que Demócrito teria adorado vê-lo.  

Leva-nos a um laboratório em Cambridge, onde o reino do muito pequeno, o átomo, e seus componentes foram descobertos. Fala-nos dos elementos químicos naturais e refere que todo o que nos rodeia é feito de ligações harmoniosas destes mesmos elementos, para nos dizer por último, que a maioria dos átomos dos nossos corpos foi feita no interior das estrelas.

Uma vez apresentadas as noções básicas de física e química, Sagan passa aos modelos explicativos a respeito da vida do sol e de outras estrelas, descrevendo estágios como as gigantes vermelhas, anãs brancas e buracos negros, bem como a possível ocorrência da explosão de uma supernova na Antiguidade, representada em pinturas rupestres do povo Anasazi.

Com animação computorizada e espantosa arte astronómica, é-nos mostrado como as estrelas nascem, vivem e morrem. Carl Sagan persegue a origem e a natureza dos buracos negros, objetos com uma gravidade de tal ordem que a luz não consegue sair deles.

A explicação de Carl Sagan recai depois sobre o «último dia perfeito» da Terra, que poderá ocorrer daqui a 5 biliões de anos, após o Sol, entrando na fase vermelha gigante, reduzirá a Terra a cinzas carbonizadas e o fim da vida na Terra. Serão então engolidos pelo sol, todos os planetas do sistema interno. Será o fim do planeta Terra e os nossos descendentes ter-se-ão aventurado já, para um outro lugar…

Leva-nos depois numa viagem pelo Cosmos, a bordo da sua nave interestelar. Testemunhamos a explosão de estrelas distantes que produzem raios cósmicos que provocam mutações nos seres da Terra. No sentido mais profundo, a origem, evolução e destino da vida do nosso planeta estão relacionados com a evolução do Cosmos, por isso o nosso planeta Terra, a nossa sociedade e nós mesmos, somos todos feitos de material estelar.

Leva-nos a um tubo de lava, uma caverna construída pela saída de lava derretida e com o auxílio de um contador Geiger e de um pedaço de urânio, Carl Sagan, para detetar a energia emanada deste elemento e dos raios cósmicos que entram na caverna. Mostra-nos assim, a importância das estrelas na evolução da vida na Terra, uma vez que os raios cósmicos provenientes de supernovas podem ter atuado nas mutações ao longo do processo evolutivo.

Fala-nos depois da força da gravidade e faz uma analogia interessante com a história da Alice no País das Maravilhas, para nos explicar como funciona esta força, quando se altera, explicando-nos em seguida como ela funciona dentro de um buraca negro, e na possibilidade de viajarmos no espaço mais rapidamente, podendo emergir em locais totalmente desconhecidos e exóticos, onde o bom senso da realidade poderá ser seriamente desafiada.

Põe finalmente a hipótese de nós no futuro ou outras civilizações extraterrestres, poderem viajar no espaço, utilizando o expresso da gravidade, colocando a possibilidade do espaço estar cheio de buracos ou tuneis cósmicos, que nos levariam rapidamente de uns lugares para outros.

Este episódio acaba numa viagem pelas estrelas, numa espécie de viagem ao passado, quando nasceu a via láctea, enumerando todos os corpos celestes que podem existir, ou possam ainda a vir a ser descobertos numa galáxia, para nos dizer mais uma vez que pertencemos ao cosmos e somos filhos das estrelas…
 
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=JQAsX4flmN0
 

Nenhum comentário: