Mont Saint-Michel - 17º Dia - Parte II




Chegados ao Mont Saint-Michel naquele final de dia, já caia a tarde e a maré já tinha subido tapando todo o parque de estacionamento. No entanto no mesmo, ainda se encontrava um mercedes de algum incauto, que perdido nas belezas interiores do Monte, se esquecera que a maré cheia vinha rápida à baia. Quando estamos lá, não convém esquecer que naquele lugar ocorrem as maiores marés cheias da Europa.

A baía do Mont Saint-Michel é a maior área de polders, com prados salgados da França e que se distingue pela distância excecional entre a maré alta e baixa, e em que a maré alta pode atingir até 15 m de altura durante as marés vivas, que podem vir a uma velocidade de 10 Km por hora, que segundo escreveu Victor Hugo, "vêm tão rápidas como um cavalo a galope".

Depois de passarmos o portão ladeado pela Tour du Roi, e mais adiante a Porte du Roi, a porta levadiça do rei, entramos na “Grande Rue”, a rua principal da cidadela, com seus museus, restaurantes, lojas e belas casas de traça bretã, que datam dos séculos XV e XVI.

Sobre o flanco sul do rochedo, ao abrigo de muralhas que datam dos séculos XII e XV, o vilarejo conta com grande número de casas classificadas como monumentos históricos, pequenos museus locais e comércio turístico.

Caminha-se por uma “Grande Rue” apinhada de gente mesmo aquela hora, e muitos parecem encaminhar-se para o seu “final”, em direção ao interior do povoado. No final desta rua estreita mas muito movimentada, aparece do lado esquerdo a Église de Saint-Pierre, uma pequena igreja paroquial consagrada a Saint-Pierre, o santo padroeiro dos pescadores, também dos séculos XV e XVI e edificada sobre uma antiga estrutura do séc. XI.

Há porta dá-nos as boas vindas uma singela e impávida Joana D’Arc. Entramos na pequena igreja e lá dentro o sacristão espera os visitantes. Um interior harmonioso faz notar que se dá maior importância, como não poderia aliás deixar de ser, ao Arcanjo Saint-Michel do que a Saint-Pierre, que se encontra num pequeno nicho de um altar lateral.

Saint-Michel (São Miguel Arcanjo, como é denominado na igreja católica), líder do exército de Deus contra as forças do mal, é o padroeiro do Monte e nesta pequena igreja tem lugar de destaque. A sua imagem feita em prata domina o altar principal.

É junto da Église de Saint-Pierre, que se chega ao “Grande Degre”, a grande escadaria que nos levará à magnífica Abadia de Saint-Michel. Sobe-se devagar e pelo caminho vai-se apreciando as belas vistas sobre a baía.

É uma espécie de subida aos céus... A subida é ingreme e os degraus são muitos e por isso já chegámos de noite à elegante Abadia de Saint-Michel. Embora cansados estávamos contentes, pois tínhamos alcançado pela primeira vez a «Maravilha do Mundo Ocidental», como é conhecida tode este Monte, encimado pela bela Abadia de Saint-Michel.

Fonte: http://www.france.fr/en/sites-and-monuments/bay-mont-saint-michel http://www.virtualtourist.com/travel/ http://www.ot-montsaintmichel.com/ http://pt.wikipedia.org/

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