Rennes - 18º Dia - Parte II


 
Deixámos Fourèges e seguimos viagem com rumo a Angeres, onde iriamos pernoitar, mas no caminho ficava-nos Rennes onde queríamos passar, mais que não fosse para observar as suas ambiências e vida.

Rennes não é frequentemente citada em guias turísticos, e embora seja a maior cidade da Bretanha, é uma cidade de tamanho médio, que vale bem a pena visitar.

Fundada pelos gauleses e colonizada pelos romanos Rennes está estrategicamente situada na confluência dos rios Ille e Vileine. Após a anexação da Bretanha pela França, em 1532, a cidade tornou-se a capital da região.

Em 1720, um incêndio que durou 6 dias destruiu-a quase por completo, tendo restado uma pequena parte da antiga cidade medieval, juntamente com uma série de edifícios do séc. XVIII.

É uma cidade universitária por excelência, e por isso é cheia de jovens, mesmo fora da época escolar, o que dá à cidade uma vida noturna vibrante. É a Fez-noz, que significa em bretão festival da noite, onde as pessoas de todas as gerações se juntam, para ouvir música tradicional, beber cerveja ou chouchen (uma bebida alcoólica bretã) ou até mesmo dançar.

Chegámos à cidade num sábado ao fim da tarde, e por isso, as suas ruas tinham já alguma animação, como por exemplo a animada Rue Saint Michel, por onde é obrigatório passar.

Os habitantes de Rennes chamam à Rue Saint Michel, "la rue de la soif", que significa rua da sede. Um passeio pela Rue Saint Michel numa sexta-feira ou sábado à noite é uma experiência muito interessante. No entanto, para quem na realidade quiser nesta cidade "faire la fête", comemorar ou apenas divertir-se, na "Rue de la Soif" o melhor é ir até ao bar "Jeudi Soir", durante o ano letivo. O Jeudi Soir está praticamente toda a noite aberto e a abarrotar de estudantes.

No entanto, Rennes é ainda mais buliçosa enquanto os estudantes permanecem na cidade, que costuma ficar praticamente vazia após o dia 15 de julho, uma vez que a maioria de seus habitantes migra durante a época de veraneio para o litoral atlântico. No entanto, mais recentemente esta é uma tendência que tem vindo a amenizar-se e as esplanadas e cafés de Rennes estão agora movimentadas durante todo o ano.

Rennes é particularmente agradável no verão, mas segundo os guias turísticos é no início de julho, durante o "Festival des Tombées de la Nuit", que é mais interessante visitar a cidade, uma vez que esta se enche de forasteiros, que vêm apreciar as animações de rua e comer ou beber, nas esplanadas dos restaurantes e cafés.

Embora seja uma cidade moderna, ainda conserva na zona antiga, algumas amostras arquitetônicas e monumentais de toda a sua longa história. Além de edifícios de traça bretã, possui restos de edifícios que remontam ao período de dominação romana.

A viagem no tempo tem como parada inicial os Portões de Mordelles, de 1440, que são o acesso de entrada ao cascovelho da cidade, repleto de lindas construções medievais e renascentistas.

Nos arredores da Place des Lices encontra-se tanto a Catedral de Rennes, construída e restaurada diversas vezes entre os séculos XIII e XIX, em estilos gótico e neoclássico. Possui ainda restos da muralha galo-romana do séc. III.

Vageando pelas ruas que partem da Place des Lices e da Place St-Anne, é facil imaginar como seria a Rennes antes do grande incêndio de 1720.

Na Place de la Marie, encontramos o edifício da idilidade, do séc. XVIII, e perto do Hôtel de Ville, fica a fabulosa Ópera de Rennes, um dos prédios mais belos da cidade, criado em 1836 e que até hoje é palco para concorridos espetáculos de música erudita.


Fonte: http://wikitravel.org/ http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/franca-rennes www.espacoerrante.blogspot.com/ Guia da American Express, França (pág.274)

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